EDMOND FORTIER > EDMOND FORTIER E OS CORPOS DAS MULHERES AFRICANAS
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  • EDMOND FORTIER E OS CORPOS DAS MULHERES AFRICANAS

    Livros escritos por administradores coloniais e acadêmicos franceses da primeira metade do século XX, como Maurice Delafosse e Louis Tauxier, estão impregnados de imagens de Fortier que mostram pessoas e eventos culturais na África do Oeste. O clássico livro de Delafosse, Haut-Sénégal-Niger, inclui 14 fotografias feitas por seu contemporâneo Fortier. Registros da arquitetura das cidades islâmicas de Djenné e Timbuktu predominam, mas também estão lá retratos, como o da Jeune fille Peule e da Femme Malinké, que deveriam representar a população local.235

    Tauxier incluiu em seu livro Moeurs et histoire des Peuls várias fotografias de jovens com os seios nus (abaixo) feitas por Fortier nas suas visitas em 1906 e 1908 a Timbo, situada na atual República da Guiné.236 Publicados respectivamente em 1912 e 1937, os trabalhos de Delafosse e Tauxier mostram imagens em que fica evidente a “direção de cena” de Fortier. Todo o gestual das jovens é executado para realçar os seios nus. Nessas imagens, o que vemos é um processo de criação de estereótipos por meio da erotização. O que se evidencia são os seios, mas as legendas remetem ao pertencimento étnico das jovens. É o jogo da etnografia legitimando a construção do erotismo exótico.

    O historiador italiano Carlo Ginzburg, em um dos artigos de seu livro Relações de força, comenta alguns postais de Fortier que pertenciam a Pablo Picasso, e que são muito semelhantes àqueles publicados por Delafosse e Tauxier:

    (…) as imagens de Fortier pertencem a um gênero especificamente europeu, aliás, colonial: trata-se de fotografias eróticas apresentadas como documentos etnográficos. Mas isso não basta. Essas mulheres africanas, olhadas por um francês e postas diante de um público de homens franceses, foram, preliminarmente, colocadas em frente à câmera de acordo com fórmulas estabelecidas por uma tradição pictórica europeia. (…) Abeirar-se de realidades  não europeias, por meio de formas clássicas, é uma característica recorrente do exotismo: pretende-se transmitir ao espectador ou ao leitor uma sensação de diversidade domesticada. É uma forma implícita e paternalista de racismo (…).237

    A análise de Ginzburg é bastante útil para o estudo da obra de Fortier. Suas fotografias mostrando pessoas que viviam na África do Oeste frequentemente falam mais da Europa e do colonialismo do que de um passado africano.

    Além das centenas de cartões-postais publicados por Fortier mostrando mulheres seminuas, ele também produziu fotografias erótico-pornográficas. As jovens, provavelmente mediante pagamento, posavam conduzidas pelo fotógrafo.

    Quem eram essas pessoas? Na maioria das vezes, as jovens fotografadas em cenas pornográficas aparentam ser carentes. Isso pode ser deduzido da quase ausência do uso de adornos. Outro indício vem da comparação das fotografias pornográficas com cartões postais onde aparecem as mesmas pessoas e onde uma profissão é especificada. Por exemplo: “carregadora de água” ou “piladeira de cuscus”, ambas atividades básicas de jovens, em geral, muito pobres.

    É evidente que o fotógrafo exercia sobre essas meninas um poder: o do homem branco, europeu e detentor de uma tecnologia de ponta, as máquinas que fotografavam. O constrangimento fica muitas vezes estampado no rosto das jovens.

    Há duas meninas que foram fotografadas por Fortier em Timbuktu em 1906. Diferentemente das moças senegalesas que posaram em cenas pornográficas para Fortier, aparentemente sob coação, essas 2 moças eram profissionais do sexo. Alguns dos clichês, com as jovens ainda envoltas em panos, tornaram-se cartões-postais, como podemos ver abaixo.

    Na imagem acima, o cenário concebido por Fortier remete a fantasias do imaginário orientalista europeu.238 As duas moças usam adornos, como as argolas de nariz (badya), e a jovem da esquerda porta um colar com peça de metal redonda (sorro-fune).239 Um instrumento musical, o imzad,240 foi introduzido na decoração. Elas estão encenando, sugerindo uma cena de bordel.

    Quem eram essas jovens? O que podemos saber sobre elas, além de que trabalhavam  em Timbuktu?

    Em 1906, Timbuktu integrava o Território Militar do Níger, que era então uma dependência da colônia do Alto Senegal e Níger. Embora os franceses controlassem a cidade, conquistada em 1893, nos entornos desérticos viviam populações não submetidas aos europeus. Para garantir a dominação havia duas fortalezas em Timbuktu: o Forte Hugueny e o Forte Bonnier, que Fortier visitou.

    Num cartão-postal, vemos o pátio interior do forte Bonnier e um grande número de tirailleurs soudanais sendo submetidos ao escrutínio de oficiais franceses. Os soldados equipados e armados, os cavalos selados, a cena parece anteceder a partida para alguma missão.

    Na imagem acima, a legenda “Ces Dames de Tombouctou” insinua que as mulheres retratadas sejam prostitutas. Duas dessas moças, a segunda e a terceira, da esquerda para a direita na fileira de trás, foram fotografadas muitas vezes por Fortier. Ao fundo, há um poste ou uma antena, no alto de uma construção, talvez da administração francesa.

    É provável que em Timbuktu, uma cidade com numerosa população flutuante de comerciantes vindos da margem norte do Saara ou do sul do rio Níger, a prostituição já ocorresse bem antes da chegada dos franceses.241 Em um estudo sobre as mulheres africanas nos séculos XIX e XX, Catherine Coquery-Vidrovitch menciona que a prostituição strictu sensu existia na África do oeste desde o início da colonização e, em geral, se caracterizava por iniciativa individual e ausência de proxenetismo.242

    Na maioria dos relatos de europeus sobre a vida em Timbuktu no início do século XX não encontramos referências à prostituição. Uma exceção é o conde René Le More, que esteve na cidade em março de 1911. Diz ele, deixando à mostra seu racismo e moralismo:

    A prostituição em Timbuktu é muito regrada, quase uma instituição de Estado; os protetores obedecem a uma disciplina e têm chefes dos quais o mais importante leva o título de capitão. Assim que chega, o viajante vê se apresentar em seu domicílio um soldado e essa milícia singular; eles vêm oferecer serviços. Se você os despacha, insensível às suas instâncias, seu chefe não tardará a vir resgatá-los. Ele demonstra espanto diante de sua recusa e pressiona cada vez mais. Silenciarei a respeito das diferentes propostas que ele poderá fazer e assinalarei apenas que ele ou seus homens virão naturalmente cobrar uma gratificação. Eu não gostaria de englobar toda Timbuktu nessa descrição um tanto ousada.  Sua população tem antes modos honestos e tranquilos e se eu relato esses detalhes, um tanto escabrosos, é por uma simples busca de tonalidade local.243

    A presença de oficiais franceses e soldados africanos em Timbuktu, cidade que até 1912 foi sede do território militar do Níger, deve ter contribuído para a organização do tipo de prostituição descrito por Le More. O grau de capitão do chefe dos proxenetas indica uma possível aproximação entre os militares estacionados no local e a prostituição.  Embora até o início da Grande Guerra de 1914 fosse permitido aos tirailleurs a serviço do exército colonial francês a companhia de mulheres e filhos nas expedições e mesmo nos quartéis, não sabemos se isso ocorria em Timbuktu à época da visita de Fortier à cidade.244

    As transformações na sociedade local, no início do século XX, também devem ser evocadas se quisermos entender o fenômeno da prostituição em Timbuktu.

    Entre 1905 e 1913, um fenômeno social de grandes proporções ocorreu na então colônia do Alto Senegal e Níger: um enorme deslocamento de pessoas que deixavam a condição servil, abandonando seus ex-donos, e demandavam as cidades em busca de trabalho. Eram beneficiadas por melhores perspectivas de sobrevivência e pela nova legislação francesa relativa à escravidão na África do oeste.245 Em Timbuktu, a situação era diferente, já que lá existiam poucas alternativas de emprego para os ikelan (bella), servos na sociedade tuaregue, que formavam a maioria dos escravizados da região. Em um artigo sobre a escravidão no Saara na época colonial, Martin Klein observa que durante o processo de libertação muitas mulheres de origem servil passaram a trabalhar como prostitutas.246

    Nessa reflexão sobre a relação entre o poder colonial e situação feminina em Timbuktu podemos ainda lembrar a prática do rapto de mulheres tuaregue e mouras pelos franceses. A missão de Xavier Coppolani à região, em 1899, visou contatos com as populações não submetidas que nomadizavam nos entornos da cidade. Embora o rapport oficial não forneça detalhes, uma carta de Robert Arnaud, que acompanhou a missão, relata:

    Deixamos Timbuktu no final de março em direção aos poços do leste onde era suposto que encontrássemos as principais tribos dissidentes. (…) Uns após os outros, os chefes dos Kel Antasar vieram submeter-se e nos ofereceram garantias sérias com a condição de que nós lhes proporcionássemos justiça, ou seja, à condição de não atirar neles aleatoriamente e de parar as razzias sobre suas mulheres para satisfazer os ardores dos homens famintos de carne branca e de lhes indicar as zonas de transumância. Suas demandas eram bastante razoáveis para não serem aceitas, e uma ordem foi enviada a Timbuktu para parar no futuro a captura de mulheres brancas e para liberar aquelas que estavam presas.247

    O texto não deixa dúvidas quanto à gravidade do problema, que certamente deve ter deixado muitas mulheres raptadas em situação de vulnerabilidade social.

    Voltemos às jovens fotografadas por Fortier.

    Aqui as duas moças posaram separadamente. Uma delas é classificada como pertencente ao grupo berabich e outra ao counta (ou kunta).248  Fortier usa esses denominações indistintamente, pois cada uma das jovens são ora “berabich” ora “counta”. As duas se vestem de forma semelhante e essas identidades são usadas para acrescentar exotismo à imagem vista no cartão-postal. As moças estão encostadas num móvel coberto com uma manta do tipo kaasa,249 feita de lã. Elas estão cobertas por vários panos e podemos ver seus amuletos e pulseiras. A jovem “counta” está envolvida em um xale do tipo diisa,250 tingido com índigo, identificável por suas longas franjas. O tecido tem marcas retas e parece ter sido desdobrado há pouco tempo.

    Em outra imagem a moça “berabich” é agora chamada de “Jeune femme Arabe”, e surge numa pose em que é possível identificar a interferência de Fortier como “diretor de cena”: o gesto das mãos, a maneira como o xale repousa nos ombros e deixa aparecer um seio são evidentemente construídas pelo fotógrafo. Podemos notar que a jovem usa um bracelete de mármore de Hombori. Os cabelos são agora visíveis, numa penteado adornado com diversos pingentes. Além do amuleto de couro retangular, um outro, provavelmente de prata, está semioculto pelo pano escuro que lhe envolve parte do tronco.

    Nos dois últimos registros do conjunto, a fantasia de Fortier chega ao paroxismo. No primeiro deles as moças seguram cigarros apagados, talvez para evocar cenas de bordéis franceses ou argelinos. Como vimos, adereços típicos de Timbuktu enfeitam as jovens: argolas de nariz (badya) e, na moça à direita, uma gargantilha com uma peça redonda de metal (sorro-fune).251 Agora as duas têm os seios nus. Finalmente, na última imagem da sequência acima, um instrumento musical, o imzad,252 é introduzido no décor, dando-lhe um sabor ainda mais orientalista. Aquelas jovens quase tímidas das primeiras fotografias agora atuam, sugerindo lesbianismo, recostadas num divã forrado de palha. Certamente Fortier tinha em mente seu grande público consumidor de cartões-postais quando construiu a cena erótica que remetia ao imaginário sexual europeu.

    A jovem que aparece com o imzad nas mãos era possivelmente uma pessoa bastante popular à época da passagem de Fortier por Timbuktu. Podemos vê-la no livro Across Widest Africa escrito pelo britânico Henry Savage Landor e publicado em 1907, com um penteado diferente, vestindo uma túnica tilbi  e descrita como uma “Fullbeh-Soñgoy lady”.253

    Essas duas jovens de Timbuktu também posaram completamente nuas com as pernas abertas, se beijando e mesmo simulando relações sexuais. Essas fotografias não podiam circular como cartões postais. Fortier, entretanto, já estava em contato com alguém interessado em publicar essas imagens: Amédée Vignola, um editor parisiense.

    Vignola havia tido sucesso com uma série de três livros intitulada Toutes les femmes, nos quais ele apresentava desenhos de mulheres nuas. A intenção declarada era documentar as “diferenças físicas e morais” entre mulheres de todas as partes do mundo.254 Essa suposta “documentação” de seus Études artísticos eram fantasias eróticas, que agradavam um certo público voyeurista. Em 1904 ele publicou um outro livro em que as figuras nuas, crianças, mulheres e homens, são fotografias de “modelos vivos” e não mais desenhos. Esses atores, sob a direção de Vignola, atuavam para os fotógrafos na Maison de Eugène Pirou. Os 225 Études nesse livro pretendiam conter a “síntese das atitudes ou expressões que pode apresentar o corpo humano”, como orgulho, coragem ou tristeza.255 Alegando suprir a demanda de jovens artistas que não podiam pagar por modelos vivos, o livro, com textos de Vignola, constitui-se de uma sucessão de fotografia eróticas. De sucesso em sucesso, em 1905 Vignola começou a publicar “revistas artísticas”, vendidas em pacotes selados.256 Na edição de 30 de janeiro de 1906 da revista Mes Modèles, para demonstrar as “diferenças entre as raças branca e negra” encontramos uma fotografia de Fortier de uma moça africana completamente nua.257

    180. SÉNÉGAL – Jeune Fille de Gorée

    Fortier já sabia portanto com quem poderia negociar imagens eróticas e pornográficas antes de ter começado sua viagem pelo interior da África do oeste. De fato, uma série de fotografias das jovens profissionais do sexo que ele encontrou em Timbuktu foram vendidas a Vignola, que as publicou na revista L’Humanité feminine entre os anos de 1906 e 1907. Ele retomou o tema do livro Toutes les femmes, mas dessa vez usando “modelos vivos”. As moças de Timbuktu são ali apresentadas como Peuhles e uma delas foi escolhida para representar uma mulher Achanti. Nessa revista não são dados créditos ao fotógrafo. No entanto, as jovens nas imagens são inconfundíveis e indicam a autoria de Fortier.258

    O que essas imagens representam? Um capítulo da história da pornografia na Europa? Documentação da prostituição em Timbuktu durante o período colonial? A construção de estereótipos baseados em corpos nus de duas jovens que viviam naquela cidade em 1906?

    NOTAS

    235 DELAFOSSE, Maurice, Haut-Sénégal-Niger, Paris, Émile Larose, 1912, vol. I, prancha IX.

    236 TAUXIER, Louis, Moeurs et histoire des Peuls, Paris, Payot, 1937 (b), pranchas V e XIV.

    237 GINZBURG, Carlo, “Além do exotismo: Picasso e Warburg” in GINZBURG, Carlo, Relações de força – História, retórica, prova, São Paulo, Companhia das Letras, 2007, pp. 125-127.

    238 Sobre o conceito de orientalismo ver Said, Edward, Orientalismo, o oriente como invenção do ocidente, São Paulo, Companhia das Letras, 2001

    239 Sobre os adornos mencionados ver DUPUIS-YACOUBA, Auguste, Industries et principales professions des habitants de la région de Tombouctou, Paris, Émile Larose, 1921, pp. 42 e 44.

    240 O imzad é um instrumento musical monocórdio tocado com um arco. É construído e tocado apenas por mulheres tuaregues.

    241 O recenseamento de 1898 contou em Timbuktu 5.000 habitantes fixos e 4.000 flutuantes. Cf. HACQUARD, Augustin-Prosper, Monographie de Tombouctou, Paris, Société des études coloniales et maritimes, 1900, p. 24.

    242 Cf. COQUÉRY-VIDROVITCH, Catherine, Les Africaines, Paris, Ed. Desjonquères, 1994, p. 190.

    243 LE MORE, René, D’Alger à Tombouctou, des rives de la Loire aux rives du Niger, Paris, Plon, 1913, pp. 144-145.

    244 No campo militar de Kati, próximo a Bamako, as famílias viviam com os tirailleurs. É provável que o mesmo ocorresse em Timbuktu.

    245 Sobre o fenômeno, ver KLEIN, Martin e ROBERTS, Richard, “The Banamba Slave Exodus of 1905 and the decline of slavery in Western Sudan”, Journal of African History, n. 21, 1980. E também KLEIN, Martin, Slavery and colonial rule in French West Africa, Cambridge, Cambridge University Press, 1998(a)

    246 Cf. KLEIN, Martin “Slavery and French Rule in the Sahara” in MIERS, Suzanne e KLEIN, Martin. (eds.), Slavery and Colonial Rule in Africa, edição especial de Slavery and Abolition, vol 19, n. 2, agosto de 1998 (b), p. 79.

    247 Cf. HARRISON, Christopher, “La peur européenne de l’Islam” in CERVELLO, Mariella Villasante (dir.) Colonisations et héritages actuels au Sahara et au Sahel, Paris, L’Harmattan, 2007, vol. II, p. 163.

    248 Os dois são grupos de ascendência árabe e aos quais se agregavam populações arabizadas. Sobre os kunta e os berabich ver MARTY, P., “Études sur l’Islam et les tribus du Soudan – Les Kounta de l’est, les Berabich, les Iguellad”, in Revue du Monde Musulman, vol. XXXVII, 1918-1919.

    249 Sobre as características desse tecido, que podemos identificar pelo detalhe do desenho e acabamento das bordas, visíveis na parte inferior da fotografia, ver GARDI, Bernhard (dir.), Textiles du Mali d’après les collections du Musée National du Mali, Bamako, Ed. Musée National du Mali, 2003, pp. 30-42.

    250 Para informações sobre o diisa ver GARDI, op. cit. pp. 61-62.

    251 Ver nota 5

    252 Ver nota 6

    253 LANDOR, Arnold H., Across Widest Africa: an Account of the Country and People of Eastern, Central and Western Africa as Seen During a Twelve Months’ journey from Djibuti to Cape Verde, Londres, Hurst and Blackett, 1907, prancha fotográfica entre as páginas 416 e 417.

    254 VIGNOLA, Amédée, Toutes les femmes: études, Paris, Albert Méricant, 1904.

    255 VIGNOLA, Amédée, Le Modèle Vivant, Paris, Albert Méricant, 1904. p. 7.

    256 VIGNOLA, Amédée, Étude académique e Mes Modèles. Paris, Librairie d’Art Technique.

    257 VIGNOLA, Amédée, Mes Modèles, n. 28, p. 333. É possível saber que a fotografia era de Fortier comparando com outras imagens da mesma pessoa e que foram publicadas em formato cartão-postal.

    258 VIGNOLA, Amédée, L’Humanité Féminine, Paris, Librairie Documentaire, n. 12, p. 23 e n. 21, p. 54.